“Um marco”, diz difusor do parajiu-jitsu sobre inclusão da modalidade no Grand Slam de Tóquio

Por Alex Kinjo em 30-07-2017   Destaque


TopBR.JP – Pela primeira vez incluso numa edição do Grand Slam de jiu-jitsu, o parajiu-jitsu atraiu a atenção do público que prestigiou o evento realizado em Tóquio no sábado (15), no Makuhari Messe. “Um marco”, definiu Will Karakawa, principal difusor da categoria no Japão. Logo na pesagem, ele percebeu o impacto no rosto das pessoas. “Um grupo de 12 competidores, amputados e portadores de outras deficiências todos uniformizados. Aquilo chocou quem estava presente, mas um choque muito positivo”, relatou.

A intenção era essa mesma. Mostrar que quem possui algum problema físico também pode praticar a arte suave. Todos os participantes competiram em suas respectivas categorias convencionais e no para-jitsu. Um dos destaques foi o paratleta japonês Koji, portador de uma deficiência de nascença na mão provocada pelo uso do fórceps durante o parto. Ele conquistou a prata em sua categoria de peso convencional vencendo atletas normais até chegar à final.

Outro ponto alto do evento segundo Will, foi o bronze conquistado pelo faixa roxa Wilson Oliveira, lutador amputado das duas pernas com idade acima de 50 anos também numa categoria convencional superando jovens na faixa dos 20 anos na fase classificatória. A força de vontade e empenho dos atletas recebeu a atenção de publicações especializadas no esporte como Flograppling e Jiu-Jitsu Magazine, entre outras.

Jorge Nakamura, competidor de alto nível no convencional e agora do parajiu-jitsu (perdeu o movimento do pé esquerdo num acidente), sagrou-se campeão na nova modalidade e quarto lugar na categoria normal. Já Kelvin Clay Fonseca, portador de distrofia muscular, foi vice-campeão no parajiu-jitsu competindo numa categoria especial para amputados.

Kenzo Karakawa, primeiro atleta mirim autista a vencer o Pan-Kids e o Mundial de Abu-Dhabi fez uma luta casada, já que o torneio era destinado para as categorias juvenil e adulto, e venceu.

“Conquistamos feitos históricos que provaram a eficiência e a capacidade de adaptação do jiu-jitsu para qualquer pessoa”, apontou Karakawa que tem como objetivo a partir de agora recrutar 150 participantes para o Mundial de Abu-Dhabi de 2018. “Em abril deste ano, tivemos 52 paratletas. Eles se tornaram embaixadores do parajiu-jitsu em seus respectivos países e vão ajudar a elevar esse número cada vez mais”.

“Aproveito o espaço para agradecer ao sheik Mohammed bin Zayed Al Nahyan, ao presidente da UAEJJF Abdulmunan Al Hashemi, Rodrigo Valério e Sérgio Omizolo que tornaram possível a inclusão do parajiu-jitsu no Grand Slam de Tóquio. E também a Mario Edson e Elcirley Silva, líderes da equipe brasileira de parajiu-jitsu. A todos o meu muito obrigado”, finalizou Will Karakawa.

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