ULTRAMARATONA: Triatleta completa prova que faltava na carreira

Por TopBr em 20-09-2019   Esporte


TopBR.JP – Cosme Monteiro, triatleta de longa distância com seis Ironmen’s no Brasil e exterior no currículo, completou no domingo (15), a prova que faltava em sua carreira: A Ultramaratona de 100km. O feito ocorreu na International Friendship Race Kyotango Ultramarathon, em Kyoto.

Cosme Monteiro

“Já fiz uma Ultra no Brasil (Bertioga, Maresias 2009)  e a Fujisan 5 Lakes (2017). A maior distância que cobri era de 71km. A de 100km era o ‘Santo Graal’ para mim. Queria muito fazer numa prova oficial. Um percurso muito difícil que agora consegui”, afirmou o brasileiro que ficou em sexto lugar em Maresias dentre 400 participantes e 15º no Fuji dentre 600 competidores.

Além da marca pessoal, ele ajudou outros três compatriotas a realizar o sonho junto com ele. César Iuano também completou 100km enquanto Célia Wada e Silmara Benini fizeram 60km cada. Veterano na modalidade, Monteiro é professor de Educação Física e instrutor de Triathlon no Brasil, especialista em corrida.

Imagem de vídeo cedido

A Kyotango Ultramarathon reuniu mais de 1800 corredores. A largada foi dada às 4h30 no Amity Tango. De acordo com Monteiro, a organização ofereceu um suporte muito bom aos atletas com postos de hidratação a cada três ou quatro quilômetros, suplementação, alimentação e massagem. “O calor estava fora do padrão. Sol ardendo bastante e terreno com muita montanha, subida e descida que judiam bastante do organismo”, descreveu.

“Até o quilômetro 50/60, estava tranquilo. Dali em diante era onde começava a oscilar e a prova mostrava sua cara. Dez da manhã, calor muito forte e subida pela frente. A partir dos 70/80km havia muita descida. Trajeto que judia muito das pernas. Comecei a sofrer um pouco e dominar o meu psicológico. Fiquei bem mais lento, mas controlava bem a parte mental, o que me levou até o final”, afirmou o triatleta que cruzou a linha de chegada com o tempo de 11h41min.

Cosme explica que em provas de longa distância quando o corpo já não suporta o sacrifício, a cabeça define quem termina ou não a competição. É grande o número de desistentes. “O momento é de superação. Ali a dor é momentânea. Eu iria sentir muito mais se tivesse desistido. Muito dessa prova era desconhecido pra mim. A gente treina longas distâncias, mas não dá pra fazer 100km num treino”, comentou.

Sobre a lição que ficou de aprendizado, diz que foi o compromisso que assumiu consigo mesmo. “Já não tenho a vitalidade e disposição dos 20 anos, tenho 42. Percebi que se a gente se empenhar, caminhar para aquele objetivo, ainda dá pra alcançar. Não perdi para minha idade e me sinto mais jovem que muita gente mais nova do que eu”, comparou.

Com o grande desgaste da prova, Cosme folgou dois dias seguidos antes de retornar ao batente em Nishio (Aichi). “Fico muito feliz por mais essa conquista e que minha experiência esteja sendo útil para ajudar outros brasileiros a conquistarem seus objetivos”, finalizou.

Fotos cedidas: