Seleção brasileira de judô treina com judocas da comunidade em Hamamatsu

Por Alex Kinjo em 15-06-2017   Esporte


TopBR.JP – No domingo (11), os atletas da seleção brasileira de judô que estão no Japão para uma temporada de treinos e testes nas instalações esportivas que abrigarão a delegação nos Jogos de Olímpicos de Tóquio 2020, realizaram um treino com judocas da comunidade nipo-brasileira residente no país e jovens de academias japonesas em Hamamatsu (Shizuoka).

Os praticantes dos dojôs Inoue Judô Club e Narita Judô Club (Shiga) tiveram a oportunidade de dividir o tatame com 19 membros da seleção. Os alunos aproveitaram para pedir dicas na execução de golpes e conselhos técnicos, além de fotos e autógrafos. Os atletas que participaram dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro no ano passado foram os mais disputados para o randori (treino de luta) com os judocas locais.

Conforme o sensei Fábio Inoue, a visita da delegação brasileira motivou ainda mais seus alunos a se esforçarem nos treinamentos. “Foi um intercâmbio muito proveitoso. Hoje, as crianças desistem muito facilmente. Aproveitei para pedir orientações específicas aos dirigentes da confederação sobre o treinamento infantil”, afirmou.

Do ponto de vista motivacional, a presença da judoca campeã nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Rafaela Silva, encheu de ânimo os alunos. Eles disseram que a partir de agora vão encarar as aulas com mais força de vontade. “Só de treinar junto, perceberam que se tiverem motivação, batalharem e batalharem, poderão conseguir sim”, comentou Fábio.


INCENTIVO AOS JOVENS

O representante brasileiro na categoria 66kg, Charles Chibana, observou que quando o jovem começa a fase da rebeldia na adolescência é onde a família deve incentivá-lo ainda mais à prática esportiva. “Seja qual for a modalidade, os pais devem apoiar os filhos a continuar. Lá na frente, não dá pra saber se se tornarão atletas, mas independente disso vencerão na vida”, opina o judoca que disputou os Jogos Olímpicos de 2016.

Stefannie Koyama que luta na categoria 48kg, nasceu e cresceu no Japão. Em busca do sonho olímpico, ela foi ao Brasil no ano passado disputar as seletivas para tentar uma vaga na seleção brasileira. O detalhe é que ela ainda não domina o português. Medalha de ouro no  Grand Slam de Baku e no Grand Prix de Tbilisi, Stefannie garante que valeu a pena ter ido atrás de suas raízes brasileiras. “Estou muito feliz de representar o Brasil. Para as crianças, digo para continuar lutando e focando no sonho. Nunca desista”. A judoca está concluindo o curso de Letras em Tóquio e em seguida se mudará em definitivo para o Brasil afim de se dedicar exclusivamente aos treinamentos com a seleção visando a Olimpíada.

Rafaela Silva, que superou o trauma da eliminação em Londres-2012 antes de brilhar no Rio de Janeiro em 2016, também deixou um recado para as crianças judocas. “Todo mundo tem uma meta de vida. A minha era no esporte. Uma medalha olímpica e consegui. Então, acredite no sonho de vocês que ele pode se realizar”.

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