Desafiando os próprios limites, Cosme Monteiro disputa Ultramaratona em Kyoto

Por Alex Kinjo em 17-07-2018   Esporte


Topbr.JP – O triatleta, Cosme Monteiro (41), residente em Kanagawa, disputará em 16 de setembro, a 18th International Friendship Race in Historical Road, Tango Ultramarathon. Será a primeira vez que o brasileiro correrá uma prova com 100km de percurso. No currículo, Monteiro possui a experiência de ter completado quatro edições do Ironman Brasil em Florianópolis (SC) em 2005, 2006, 2010 e 2012, além da edição realizada na Nova Zelândia em março deste ano.

Vale lembrar que o circuito do Ironman conta com 3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida. Residindo no arquipélago desde 2012, ele completou a Maratona do Monte Fuji em 2013 e 2016 e duas edições do Ironman 70.3 (meio Ironman) em Tokoname (Aichi) em 2014 e neste ano. “Já corri maratonas e meia maratona aqui no Japão. Fiz a de 75km em Fuji, que foi o máximo que corri e achei bastante sacrificante. Esse vai ser o maior desafio da minha carreira”, revela.

 

Fotos: Cedida

No Ironman Brasil, Cosme completou as provas com o tempo médio de 10h30min. Neste ano, na Nova Zelândia, fez o tempo de 13h. A largada da Ultramaratona de Tango, em Kyoto, será às 4h30 e os participantes terão até às 18h30 para cruzar a linha de chegada. O corpo de Cosme, que era instrutor de triathlon no Paraná, adquiriu resistência com os treinamentos ao longo dos anos, mas apesar da experiência, ele também sente as dificuldades de se preparar para provas longas conciliando treinos com o trabalho em fábrica.

“Trabalho das 7h até às 19h e programo meus treinos para antes ou depois do serviço dependendo do dia. Aos fins de semana, consigo percorrer distâncias maiores e impor um ritmo mais forte. Já não tenho a mesma velocidade de antes, mas consigo manter a vitalidade”, afirma. O incentivo vem dentro de casa. A esposa de Cosme também treina e disputará a prova na divisão de 60km.

 

Conhecendo bem o que funciona e o que não funciona em esportes de resistência física, Cosme têm dado conselhos e dicas para esportistas da comunidade. Recentemente, ele colaborou com Roberto Ieiri, de Aichi, que completou o Ironman 70.3 Centrair Japan deste ano, e irá ao Ironman full na etapa da Nova Zelândia em março de 2019. “Completar uma prova tem um gosto especial de dever cumprido. Depois de 12 horas de luta é difícil explicar em palavras a sensação de cumprir uma meta que você achava que não era possível e perceber que é muito mais forte do que pensava que era”, comenta.

Para o próximo ano, o objetivo é o Ironman da Austrália que acontecerá em maio na cidade de Port Macquarie. Segundo Monteiro, o motivo do triathlon atrair cada vez mais adeptos é a variedade de modalidades dentro de um só esporte. “Costumava falar para meus alunos que ele é como uma gincana onde você termina uma tarefa, troca de roupa e parte para outra. Não envolve só um tipo de treinamento e se encaixa muito bem tanto para o corpo como para a cabeça. Vários atletas estão vindo de outros esportes para o triathlon principalmente por motivos de lesões”, conclui.

Fotos Cedidas:

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