Após marcar 86 gols em três temporadas, Ximbinha se despede do Japão

Por Alex Kinjo em 16-04-2017   Esporte


TopBR.JP – Após três anos e sete meses atuando pelo Nagoya Oceans, Geverson Chaves Freitas, o Ximbinha, se despediu do futsal japonês. Com a camisa do clube de Aichi, o jogador de 26 anos, marcou 86 gols, conquistou três campeonatos nacionais (F. League), uma Puma Cup, uma Copa dos Campeões da Ásia e uma Oceans Cup. Por dois anos, ficou entre os 15 melhores atletas da liga e foi eleito para representar o time no All-Star Game comemorativo dos 10 anos de fundação da F. League em outubro de 2016.

“Tive muitos momentos maravilhosos em minha passagem pelo Japão. Infelizmente, também passei por momentos ruins, principalmente devido à lesões. No geral, fui muito feliz no Nagoya e só tenho a agradecer à todos do clube”, afirmou o ala/pivô que retornou ao Brasil no fim do mês passado para dar sequência à sua carreira.

Ximbinha chegou ao Nagoya Oceans em 2013, vindo do Triman Navarra, da Espanha, com a missão de substituir o português Ricardinho, eleito melhor jogador do mundo em 2011. O paulista de Cubatão,  não se incomodou com o peso da responsabilidade e logo assumiu a camisa 10.

Em quadra, o idioma não foi problema. “Os jogadores japoneses sabiam falar português e com a ajuda do tradutor, ficou tudo mais fácil”, diz. Já no dia-dia, as dificuldades de comunicação foram superadas com a ajuda de companheiros. O craque que não se intimida diante de nenhum adversário, relata o que o fez sentir o gosto medo no país asiático. “Meu primeiro terremoto”.

“Estava no hotel em quarto individual. De repente, começou a  tremer  tudo. Achei que fosse a passagem de um trem porque havia uma estação próxima. Quando vi que não tinha trem passando naquele momento, fiquei com medo. Mas, hoje pensando em tudo isso, vejo que foi bem engraçado”, lembra.

Segundo o jogador, o futsal japonês é bem rápido e exige muito vigor físico. “O atleta japonês é muito aguerrido e acredita em todas as bolas. Eles estão numa curva crescente de maturidade e a chegada de estrangeiros vem para somar e agregar maior qualidade ao campeonato. O aprendizado é  mútuo”, destaca ressaltando que na Europa e no Brasil a qualidade individual dos jogadores se sobressai fazendo a diferença em situações decisivas.

Dos momentos vividos no Arquipélago, Ximbinha conta que levará para sempre o respeito, a educação, a garra e a determinação do povo japonês. “Só tenho a agradecer a Deus por tudo. Obrigado a todos os torcedores pelo carinho e respeito que tiveram comigo. Deus é bom demais e colocou pessoas maravilhosas ao meu lado no Japão. Obrigado de coração”, finalizou.

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